O projeto apresenta uma concepção inovadora que une arte digital e sustentabilidade, destacando a beleza das plantas brasileiras e a importância da ancestralidade. Com uma área de 38,31 m², o espaço é dividido em dois ambientes: um lounge quente e interativo, e uma área de estar suave e contemplativa. O equilíbrio entre funcionalidade e estética proporciona uma atmosfera criativa, que inspira e fomenta a troca de ideias. A parceria com a Epson permite uma experiência digital imersiva, traduzindo a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade de forma artística e inovadora.

Assinado por Wesley Lemos na Casa Cor, o ambiente apresenta um conjunto expressivo de obras que articula arte contemporânea, arte popular e expressões simbólicas da religiosidade afro-brasileira. A curadoria reflete um posicionamento ético e estético alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, promovendo inclusão, diversidade, sustentabilidade e justiça simbólica.

O espaço valoriza a pluralidade étnica, cultural e religiosa, integrando artistas negros e populares ao cenário arquitetônico. Destaca-se a obra em nanquim de Leila Wysocki, que representa Exu e reforça o reconhecimento das religiões de matriz africana. A curadoria propõe um enfrentamento à exclusão simbólica, ao inserir vozes não hegemônicas em um ambiente institucional.

Obras da arte popular brasileira, como as oriundas da Ilha do Tapajós, integram o acervo do espaço e contribuem para a valorização dos saberes locais. A pluralidade cultural representada estimula a preservação de práticas e narrativas tradicionais, construindo um espaço de pertencimento simbólico e reafirmando a diversidade como fundamento das cidades inclusivas.

Com foco em práticas sustentáveis, o ambiente incorpora obras de baixo impacto ambiental, como as pinturas com argila de Fernando Bernardes e as esculturas em madeira e metal de Mili Genestreti. A valorização do fazer manual e de técnicas artesanais ressalta caminhos éticos para a produção artística contemporânea.

A presença de símbolos das religiões afro-brasileiras, como Exu, reafirma o direito à diversidade de crença como expressão legítima da cultura brasileira. A curadoria combate a intolerância religiosa e promove a arte como instrumento de justiça simbólica, ampliando os espaços de liberdade e respeito no contexto institucional.

O espaço assinado por Wesley Lemos é, portanto, uma síntese de estética, consciência e ativismo — um ambiente que convida à reflexão e à valorização da multiplicidade brasileira, com arte e propósito.

Redescobrindo o Design

Entre os destaques do mobiliário autoral brasileiro presentes no ambiente, está a reedição da poltrona Bertioga, criada pelo designer Jean Gillon. Com um design elegante e funcional, a peça convida ao conforto: abraça, acolhe e relaxa.

Em outro ponto do espaço, ganha protagonismo um clássico do modernismo brasileiro: a cadeira Oscar, desenhada por Sérgio Rodrigues em 1956. A peça, uma homenagem ao renomado arquiteto Oscar Niemeyer, apresenta estrutura em madeira maciça torneada e assento e encosto em palha natural — elementos que expressam a sofisticação atemporal do design brasileiro.

Também presente no ambiente está a linha de pufes Mandacaru, assinada pela designer Roberta Banqueri. Composta por quatro banquetas distintas, a coleção explora a versatilidade do couro de forma plástica e decorativa. O nome é uma referência ao mandacaru, planta da família dos cactos e símbolo de resistência no semiárido brasileiro — conceito refletido na força e originalidade das peças.

Entre os móveis da marca Líder, destaca-se o charmoso Carrinho Bia, assinado por Marina Dubal. Inspirado na esposa de Sérgio Rodrigues, o móvel une delicadeza e força feminina. Sua estrutura em aço carbono e coluna de madeira maciça com tampo em mármore resulta em um design atemporal e sofisticado. Ideal para espaços compactos, é versátil e pode ser usado como móvel de apoio ou elegante aparador — perfeito para quem busca algo além da tradicional mesa lateral.

Trazendo dinamismo e cores que aquecem e estimulam a criatividade, as cadeiras Kayapó, também assinadas por Marina Dubal, apresentam linhas orgânicas inspiradas em origens indígenas. Com pés triplos e forma que remete a uma flecha, seu design contemporâneo e volumoso, ao mesmo tempo suave e robusto, faz dessas peças itens únicos e versáteis, podendo ser usadas como cadeira ou poltrona — conferindo autenticidade e originalidade ao ambiente.

No centro do espaço, destaca-se o Sofá Amana, assinado por Nildo José, que traduz o conceito de chuva e fluidez, inspirado na palavra tupi para "chuva". Seu design curvilíneo remete a uma gota d'água, com estrutura metálica que cria um contraste entre estabilidade e movimento. A combinação entre metal e estofado — rígido e fluido — torna a peça ideal para ambientes minimalistas e contemporâneos, oferecendo sofisticação e elegância.

Essas peças se destacam pela combinação de materiais nobres e formas inovadoras, refletindo a busca por harmonia entre tradição e modernidade.

Sobre a CASACOR

Empresa do Grupo Abril, a CASACOR é reconhecida como a mais completa plataforma cultural de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores das Américas. O evento reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas e em 2025 chega à sua 31ª edição na Bahia, na Casa Nossa Senhora das Mercês, um dos edifícios mais antigos de Salvador, no coração da cidade.

Mais Informações:
www.casacor.abril.com.br/mostras/bahia/
Instagram: https://www.instagram.com/casacor_bahia/
Data : 8 de julho a 7 de setembro
Local: Casa Nossa Senhora das Mercês – Av. Sete de Setembro, 1105, Salvador, Bahia
Horários de visitação –  Terça a domingo, 15h às 22h
Preço – R$ 100 / R$ 50
Ingressos - https://appcasacor.com.br/events/bahia-2025

By Ale Gusmão Comunicação
Foto: MCA estúdio