Governo federal anuncia novas medidas para apoiar MEIs

Microempreendedores Individuais (MEIs) foram surpreendidos com notícias positivas do governo federal na abertura do 7º Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo, em Brasília.

Postado segunda-feira 09/06/2025 por Redação

Governo federal anuncia novas medidas para apoiar MEIs
Governo federal anuncia novas medidas para apoiar MEIs

Três ministros de Estado, Sebrae e CAIXA anunciaram compromissos de apoio à categoria. A CAIXA irá lançar um programa para cadastrar MEIs como fornecedores em todo o país e um programa para mulheres empreendedoras para promover capacitação nas tecnologias digitais; o governo irá regulamentar a isenção de imposto de renda, o que beneficiará diretamente os MEIs, vai reeditar o programa Desenrola (renegociação de dívidas) este ano e irá elaborar políticas transversais – envolvendo vários ministérios – para criar condições favoráveis de competitividade e geração de renda ao empreendedorismo feminino.

 

Participaram da solenidade de abertura Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Marcio França, Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; Eutália Barbosa, Ministra Substituta de Estado das Mulheres; Décio Lima, Presidente do Sebrae Nacional; Raquel Metaxa, Superintendente Nacional da CAIXA; e Lina Useche, cofundadora e head de relações institucionais da Aliança Empreendedora – organizadora do evento ao lado do Programa Empreender 360. O Fórum integra a programação do Summit Aliança Empreendedora.

 

Os anúncios por parte das autoridades estão alinhados aos objetivos do Fórum, que, segundo Lina Useche, aproxima os MEIs e seus representantes de todas as regiões do país das autoridades com a “missão de destravar potencial empreendedor nos territórios a partir da influência em políticas públicas”. O Fórum, disse, “é um movimento, conector de potências e catalisador de conexões (...) que reúne pessoas que normalmente não se sentam à mesma mesa, e por fazer costuras improváveis”.

 

Microempreendedorismo é aliado das políticas públicas

Todos os oradores parabenizaram os 20 anos de atuação da Aliança Empreendedora, que já apoiou mais de 250 mil empreendedores. Para o governo federal, disseram os ministros, o microempreendedorismo é aliado das políticas públicas de erradicação da pobreza, de inclusão socioeconômica e de respeito aos direitos dos cidadãos.

 

O ministro Marcio França disse à plateia de mais de 300 MEIs que o governo não busca apenas cobrar impostos dos empreendedores, mas tem foco em manter programas especialmente direcionados a favorecerem a categoria. Ele fez um balanço de alguns dos programas:

- Desenrola = com 183 mil empresas atendidas com R$ 7,5 bilhões de isenções de pagamento, com valores de empréstimos reduzidos a 5% do valor original. O programa será reeditado este ano, anunciou;

- Procrédito 360 = para quem fatura até R$ 360 mil/ano. Foram emprestados R$ 2,6 bilhões para 90 mil empresas;

- Pronampe = emprestou R$ 44 bilhões em 2 anos para 600 mil empresas.

 

Somente no Rio Grande do Sul, onde as tragédias provocadas pelas chuvas levaram ao fechamento de 38 mil empresas, Marcio França disse que o governo agiu com recursos, o que permitiu a abertura de 37 mil novas empresas. Ele disse ainda que a proposta do presidente da República de isentar do Imposto de Renda brasileiros que ganhar até R$ 5 mil irá beneficiar uma grande massa de MEIs.

 

O ministro Wellington Dias disse que o governo tem a compreensão de que não basta só alcançar a superação da pobreza com programas de transferência de renda e complementação alimentar. “Para ter sustentabilidade, precisa haver inclusão socioeconômica”, o que é possível com o microempreendedorismo. Ele cita pesquisa feita com o Sebrae que mostra que 4,63 milhões de empreendedores em 2024 são oriundos do Bolsa Família e do Cadastro Único. E mais cerca de 20 milhões são MEIs informais. São cidadãos que recebem renda do Bolsa Família e de seus negócios. “Ter emprego com carteira assinada ou CNPJ não é razão para perder o benefício. (A pessoa) Sai do benefício quando sai da pobreza” e mesmo que a renda tenha crescido, o governo mantém uma faixa de proteção, no valor correspondente à metade da parcela do benefício do Bolsa Família por um período, como forma de embasar a evolução socioeconômica dos empreendedores ou trabalhadores: “é um povo que quer trabalhar, mas quer emprego decente. Quer empreender, mas quer apoio”, disse, complementando que o apoio acontece por meio dos programas instituídos pelas políticas públicas.

 

A superintendente da CAIXA, Raquel Metaxa, informou que MEIs do Distrito Federal podem se inscrever em um programa-piloto para serem fornecedores do banco. Esta iniciativa será, posteriormente, estendida ao restante do país com parceria do Sebrae.  “Pretendemos impulsionar a força do microempreendedorismo muito além do crédito, promovendo efetiva geração de renda”, disse, com apoio via linhas de crédito, cursos e outras formas, como o programa que será lançado no 2º semestre voltado a capacitar mulheres empreendedoras nas tecnologias digitais, para incrementar seus projetos de renda.

 

Sobre mulheres empreendedoras, a ministra Eutália Barbosa disse que uma das tarefas do Ministério é “avançar na política de autonomia econômica e de cuidado para as mulheres”. Segundo ela, o governo não quer “que as mulheres sejam inseridas nesse mundo do trabalho porque optam pelo empreendedorismo dentro de casa, somente porque é uma única opção, porque estão sobrecarregadas pelo trabalho de cuidado com a família, afazeres domésticos, entre outros”. Esta, disse, “tem que ser uma decisão consciente. Elas têm que ser empoderadas para atuar com grau de competitividade e ter também frutos desse trabalho”. O Ministério desempenha papel de articulador de políticas transversais, junto aos demais ministérios, para “vocalizar e ser promotor deste direito das mulheres a empreender”.

 

Já o presidente do Sebrae, Décio Lima, anunciou que irá aprofundar o relacionamento com os MEIs e se tornar um dos patrocinadores do próximo Fórum. “Aqui é uma causa, pertencemos à causa daqueles que não se resignam, que manifestam indignação e não perdem absolutamente o processo do otimismo, da esperança de modificar a vida de milhões de brasileiros, impulsionam também aquilo que é o retrato invisível da economia brasileira (...) as micro e pequena empresas e os microempreendedores fazem a economia sustentável do país”, afirmou. Lima, assim como os demais, defendeu ações conjuntas entre governo e sociedade para formalizar os cerca de 20 milhões de microempreendedores para que possam evoluir “o seu ativismo econômico”.

 

O Summit Aliança Empreendedora conta com o patrocínio de Instituto Assaí, Caixa Econômica Federal, Fundação Arymax, Coca-Cola Brasil, Fundação Grupo Volkswagen, Mercado Pago, Bank of America, Itaipu Binacional e Instituto Lojas Renner.

 

Sobre a Aliança Empreendedora

A Aliança Empreendedora acredita que todos e todas os brasileiros podem empreender de forma digna e justa, e sabe que o empreendedorismo é uma poderosa ferramenta de desenvolvimento econômico e social. Em 20 anos já apoiou mais de 250 mil microempreendedores.  Reconhecida nacionalmente, em 2023 recebeu o Prêmio de Melhor ONG de Geração de Renda do Brasil, reforçando seu compromisso com o fortalecimento econômico de quem empreende nas comunidades e periferias brasileiras. Por meio de capacitações e apoios gratuitos, a Aliança atua ao lado de microempreendedores formais e informais, promovendo inclusão e desenvolvimento socioeconômico.

 

Essa atuação é realizada em parceria com empresas, governos, organizações da sociedade civil e todos os interessados na causa do empreendedorismo inclusivo.

 

Saiba mais sobre a organização e seus projetos em: www.aliancaempreendedora.org.br.

 

 

By Atomica Lab
Foto: Divulgação Aliança Empreendedora
 

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