Como fazer as escolhas certas para a elaboração da sala de jantar

A arquiteta Cristiane Schiavoni faz um check list sobre os itens do ambiente para esmiuçar os detalhes que devem ser observados no projeto

Postado terça-feira 13/05/2025 por Redação

Como fazer as escolhas certas para a elaboração da sala de jantar
Como fazer as escolhas certas para a elaboração da sala de jantar

Neste projeto da arquiteta Cristiane Schiavoni, quem sentado à mesa se sente totalmente integrado entre a cozinha e a sala de estar, uma vez não existe nenhuma barreira visual que impeça a comunicação. No décor, as banquetas que acompanham a bancada ilha seguem a mesma referência das cadeiras da mesa de jantar | Foto: Carlos Piratininga 

 

No projeto de interiores, é comum que cada ambiente seja acompanhado por uma lista de referências e dilemas que o profissional de arquitetura precisa elucidar com o cliente. E essa realidade também se faz presente na sala de jantar, mais especialmente para a composição da mesa com as cadeiras.

 

"Avançando a questão do formato, uma dúvida muito comum diz respeito ao material tampo", revela a arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do seu escritório homônimo, que enumera também a inclusão de um buffet e um elemento, para muitos, controverso: o tapete.  

 

De acordo com ela, a resposta é individual e vem de acordo com o seu entendimento mediante o perfil do morador e o uso que será dado à sala. Acompanhe os pontos listados e as orientações que a ajudam na escolha segura do mobiliário:

 

Qual o melhor tampo? Depende do uso

Nessa sala de jantar, o preto impera na mesa com acabamento vidro laqueado e a estrutura da cadeira, com exceção do assento. A arquiteta Cristiane Schiavoni também enfatiza que o conjunto precisa dialogar com os demais elementos do espaço, como obras de arte e pendentes | Foto: Carlos Piratininga

 

Para Cristiane, no que diz respeito ao tampa da mesa, não existe um material único para todos os projetos e essa decisão vem de encontro, além da estética, com demandas como resistência, praticidade e manutenção – critérios que variam bastante conforme o tipo de acabamento. Entre os mais empregados estão a madeira, vidro, madeira, pedra natural, pedra sintética e laqueado. Veja alguns exemplos encontrados em seus projetos:

 

Integrada com a área social desse apartamento, a mesa de jantar redonda, eleita pela arquiteta Cristiane Schiavoni, denota o visual moderno do vidro que se apresenta em duas camadas: uma na base completa e a outra na base giratória que torna mais simples a movimentação dos pratos no momento de servir | Foto: Carlos Piratininga

 

Escolha bastante frequente por seu visual leve, facilidade de limpeza e por não absorver líquidos, a profissional exalta a praticidade do vidro, mas entrega seus 'poréns': para as pessoas mais detalhistas, o fato de marcar a presença de gordura e impressões digitais é um ponto negativo. "Se for para ficar limpando constantemente, o vidro não serve, pois ninguém pode ficar refém de nunca descuidar", avalia a profissional, que entrega outra observância: se o vidro não for temperado, torna-se um problema receber panela e travessas quentes sobre sua superfície.

 

Nesta sala de jantar, de autoria da arquiteta Cristiane Schiavoni, o design rústico se transforma em um convite para momentos especiais. A mesa redonda, feita de madeira maciça com bordas naturais, é a verdadeira protagonista, revelando as marcas do tempo em seus veios únicos e trazendo uma sensação de acolhimento imediato | Foto: Carlos Piratininga

 

Confortável ao toque e esteticamente acolhedor, o tampo de madeira natural traz sofisticação, mas exige atenção, pois manchas de copo e de gordura marcam a superfície com facilidade. "Quem tem crianças adoram fazer seus desenhos em qualquer lugar, os movimentos lápis e caneta no papel podem ficar eternizados", adverte Cristiane. Apesar desses contras, os pontos positivos são que a madeira não acumula marcas como o vidro e agrada quando o intuito é atribuir aconchego.

 

No caso do tampo de pedra como o mármore, é possível inovar e trazer novas possibilidades na mesa de jantar, como no projeto à esquerda, em que a arquiteta Cristiane Schiavoni a executou no formato triangular para aproveitar o recuo da sala com o canto alemão | Foto: Rafael Renzo e Carlos Piratininga

 

Granitos e mármores estão entre as opções mais duráveis, especialmente quando se trata de riscos e temperatura. Algumas pedras permitem, inclusive, o uso direto de travessas quentes sobre o tampo. No entanto, a profissional argumenta que sua resistência às manchas varia conforme a porosidade: algumas absorvem líquidos com facilidade e exigem manutenção constante. 

 

Um dos mais utilizados nos projetos da arquiteta Cristiane Schiavoni, o tampo laqueado é versátil por receber diversas cores que se integram à paleta do décor | Foto: Carlos Piratininga

 

Com um acabamento moderno e disponível em diversas cores, o tampo laqueado abrange liberdade estética, entretanto Cristiane revela que ele é propenso a riscos e menos resistente ao calor, o que exige uma rotina de uso mais cuidadosa.

 

Cadeiras: conforto, ergonomia e atenção ao layout

Nos seus projetos, a arquiteta Cristiane Schiavoni busca ressignificar o ambiente para se tornar ainda mais acolhedor. Exemplos são o canto alemão com banco estofado (à esquerda), que possibilitou mais espaço no entorno da mesa, além de cadeiras com estrutura metálica e o efeito trançado que formou assento e encosto, na cor verde oliva | Fotos: Guilherme Pucci e Carlos Piratininga 

 

Sobre a definição das cadeiras, a arquiteta é defensora da ergonomia e indica que o vão entre o assento e a mesa deve ser de, aproximadamente, 30 cm. "Fora dessa referência, a experiência de uso será desconfortável", explica.
Outro ponto de atenção é a circulação, pois cadeiras com pés muito abertos representam um risco, especialmente se estiverem posicionadas próximas a corredores ou áreas de passagem. "Muitas vezes o pé ultrapassa o encosto da cadeira e a gente nem percebe. Assim, uma pessoa tropeça e nem entende o porquê", diz.

 

Buffet: item funcional, mas não obrigatório

A arquiteta Cristiane Schiavoni ressalta que o buffet deve integrar a sala de jantar com harmonia. Nessa sala de jantar, o móvel acompanha a referência mais escura da mesa e da peça decorativa ao lado do espelho | Foto: Carlos Piratininga

 

O buffet é associado à sala de jantar, mas a arquiteta garante que ele não é uma regra. "Ele tem função de apoio para servir as refeições e espaço de armazenamento para acomodar a louça usada em ocasiões especiais. Mas nada impede que esses itens estejam em outro local para que o ambiente ganhe esse espaço", orienta.

 

Tapete sob a mesa: charme ou armadilha? 
Visualmente, o tapete aquece e valoriza a sala de jantar, todavia, antes de incluir no projeto, Cristiane imprime seu olhar prático. "Comida cai no chão, seja por crianças ou adultos. Por isso, o tapete precisa ser de fácil limpeza", afirma. Em determinadas situações, o uso do tapete é sim necessário — como em casas frias, para ajudar no conforto térmico. "Já indiquei tapete em uma sala sem entrada de luz natural. Ficou aconchegante e resolveu o problema da temperatura", recorda-se.

 

Sobre a arquiteta Cristiane Schiavoni 

Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP), Cristiane Schiavoni atua na área de arquitetura, decoração e reforma desde 1996 e hoje, o escritório que leva seu nome, tem mais de 20 anos de história, reunindo centenas de projetos dentro e fora do Estado de São Paulo. Em suas criações residenciais e comerciais, publicadas em importantes veículos brasileiros, elementos-surpresa e toques de cor se misturam aos recursos que garantem o conforto e o aconchego dos moradores. 

 

Acabamentos aplicados de maneira incomum e materiais versáteis também são presenças constantes nos trabalhos de Cristiane Schiavoni. O resultado se reflete na concepção de ambientes modernos, humanizados e dinâmicos, que convidam ao bem-estar e, principalmente, traduzem a essência de cada cliente. 

 

Tel. (11) 3649-4900 
www.cristianeschiavoni.com.br 
@cristianeschiavoni 

 

By dc33 Comunicação 
Foto: Carlos Piratininga, Rafael Renzo e Guilherme Pucci

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