A profissional à frente do escritório Liv’n Arquitetura reuniu dicas que propiciam a otimização do layout, mais conforto e menos dores de cabeça com execuções que diminuem ainda mais a área útil do imóvel
Apartamentos pequenos demandam soluções para organizar a vida do morador e atenuar a sensação de pouco espaço | Projeto: Liv’n Arquitetura
Cada vez mais morar em apartamentos com metragens reduzidas é uma realidade, principalmente nos grandes centros urbanos. Por serem compactos, esses projetos precisam de uma atenção redobrada com o objetivo de maximizar os espaços, criando sensação de amplitude. Afinal, sempre existe uma solução, sobretudo nos imóveis que transitam entre 30 a 50m².
O desafio do profissional de arquitetura contratado pelo proprietário é conceber, em uma planta menor, uma estrutura semelhante àquela existente em um apartamento mais amplo. Em paralelo, ele também precisa conhecer bem a rotina do morador, seu estilo de vida e as demandas que o imóvel precisa atender. Quem realiza a afirmação é a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura. “Essa relação nos dá base para executar o projeto, tornando-o sob medida e com tudo que ele precisa”, declara.
Para cooperar nessa missão, Júlia enumerou os 10 erros mais comuns cometidos em imóveis pequenos. Confira a seguir:
1) Não ter um projeto:
O sonho de ter um apto pequeno muito bem produzido é proporcional à necessidade de contar com um arquiteto para realizar o projeto. Em um imóvel pequeno, o olhar apurado garante que cada centímetro seja aproveitado e o estudo elucida questões como a falta de espaço, deixando os ambientes funcionais e convidativos. “Desconsiderar a contratação de um profissional especializado para ter um planejamento pode implicar em um valor mais caro lá na frente em função de dores de cabeças e reformas que precisarão ser feitas”, explica Júlia.
2) Economizar na marcenaria planejada:
Em um imóvel com esse porte, a marcenaria planejada atua com soluções milagrosas. Nesse sentido, planejar cada centímetro maximizará o uso dos ambientes, oferecendo a sensação de amplitude. “É possível fazer um armário do quarto ou da cozinha até o teto, criando pequenos nichos. Se atrás da porta tiver espaço, podemos projetar uma sapateira”, sugere Júlia Guadix.
Nessa cozinha, o forno e o micro-ondas foram embutidos na marcenaria, deixando mais espaço na cozinha corredor | Projeto: Liv’n Arquitetura
Os móveis multiuso também são ótimas saídas para os cômodos menores. As opções são variadas e tudo dependerá da necessidade de cada morador. Uma mesa pode ser considerada para servir para as refeições diárias, prover apoio na cozinha e, até mesmo para trabalhar. Sofá-cama e cama que desce da estrutura vertical de marcenaria se configuram como meios eficazes para o dormir. Banquinhos e pufes extras dispostos ao redor da mesa criam mais lugares para recepcionar convidados em casa.
3) Muitas paredes:
Quanto mais paredes, menos amplitude. Assim, a integração dos ambientes é uma excelente solução, desde que funcione no dia a dia dos moradores. A sala de jantar e a cozinha, por exemplo, podem estar conectadas, facilitando, inclusive, as refeições. Além de derrubar as paredes, usar o mesmo piso é um recurso que ajuda nessa conexão.
A integração entre a sala de jantar e a cozinha permite uma melhor circulação das pessoas | Projeto: Liv’n Arquitetura
4) Não priorizar a circulação:
Seguindo nessa linha, a circulação em um apartamento compacto não pode ser negligenciada em nenhuma hipótese. Para evitar espaços com aspecto amontoado, fuja de móveis e objetos desproporcionais em relação ao tamanho do lugar. “Mais uma vez, ressalto a importância de um projeto. Só assim você escapará de montar um espaço com elementos grandes demais”, enfatiza a profissional.
No quarto da pequena cliente, móveis e objetos cuidadosamente escolhidos pela arquiteta ampliaram o cômodo de 9,5 m² | Projeto: Liv’n Arquitetura
5) Escolher móveis muto altos:
Proporcionar uma linha de visão mais livre auxilia muito na percepção de amplitude. Dessa forma, a arquiteta recomenda deixar o espaço entre 50 a 60 cm, até 2 m, com o mínimo de ocupação possível. Além disso, o mobiliário não deve ser posicionado na frente das janelas – uma ação que impede a entrada de luz natural e que abafa o apto por conta da ausência de circulação de ar.
Aqui, o sofá se encaixou perfeitamente abaixo da janela, possibilitando a livre circulação da luz natural e da ventilação | Projeto: Liv’n Arquitetura
6) Acumular coisas:
Ter apenas o essencial deixará o apartamento mais organizado e convidativo | Projeto: Liv’n Arquitetura
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Ambientes desorganizados e lotados de itens não transmitem bem-estar e comodidade, sobretudo em imóveis com medidas reduzidas. “Sempre aconselho que as pessoas guardem apenas o essencial, evitando acumular coisas que ocuparão espaços preciosos com alguma utilidade ou simplesmente para o respiro do local”, conta a arquiteta. O ditado ‘menos é mais’ nunca foi tão apropriado.
7) Exagerar nos tons escuros:
Aplicar cores escuras não é considerado um erro, porém é recomendada a moderação, haja vista que a aplicação de uma paleta majoritariamente carregada implica em uma diminuição visual. Mas isso não quer dizer que elas devem ser evitadas. “Mesclar o preto ou tons mais vibrantes com um conjunto de tons mais neutros traz um contraste interessante e leve”, sugere Júlia.
8) Revestimentos sem textura:
Nesse living, a parede com revestimento de tijolinhos ofereceu amplitude ao brincar com as texturas | Projeto: Liv’n Arquitetura
Ainda falando sobre as paredes, o revestimento é outro elemento que colabora no propósito de ampliar os cômodos. Tijolinho, cimento queimado, concreto aparente, ou seja, modelos que tenham uma variação de tonalidade e textura, produzem maior profundidade visual se comparados ao efeito de plano chapado.
9) Cortina e tapete em tamanhos errados:
Assim como a tonalidade e o revestimento das superfícies, os elementos móveis também merecem atenção. Sobre as cortinas, independentemente do local, o ideal é que sejam instaladas do teto até o chão, não apenas cobrindo as janelas.
Além de oferecer mais conforto térmico e visual, a cortina ajudou a ampliar o quarto | Projeto: Liv’n Arquitetura
Além disso, escolher o tapete do tamanho certo tem o mesmo efeito. “Tapete muito pequeno diminui o ambiente. Por isso, é sempre adequado eleger os modelos maiores que entram embaixo do sofá, das cadeiras ou praticamente encostados na parede”, afirma a arquiteta.
No projeto dessa sala, o tapete entra embaixo dos móveis, aumentando o cômodo | Projeto: Liv’n Arquitetura
10) Iluminação só no centro do ambiente:
Para que o local fique amplo e agradável, não se pode negligenciar o perfeito posicionamento das luzes. Colocar um lustre apenas no centro do ambiente provocará o efeito de penumbra nas paredes, resultando em uma sensação de fechamento. “A dica é distribuir essa iluminação pelas superfícies por meio da instalação de arandelas, abajures ou spots direcionáveis”, finaliza.
Nesse banheiro, iluminação distribuída melhorou as dimensões | Projeto: Liv’n Arquitetura
Sobre Liv’n Arquitetura
Fundado em março de 2016 pela arquiteta Júlia Guadix, o escritório Liv’n Arquitetura tem como objetivo construir, junto aos clientes, um projeto original e personalizado, provocando uma mudança na casa e no estilo de vida de cada um. Com o lema “Vamos transformar o seu espaço no seu lugar favorito no mundo”, a equipe familiar, formada por Júlia e seu irmão Victor, já realizou mais de 19 projetos de reformas. Prezando pelo conforto e modernidade, a profissional é apaixonada pelo estilo simples, acolhedor e atemporal. Sendo assim, elementos como madeira, tijolo, cimento queimado, plantas, tons neutros com pontos de cores definem a maior parte de seu trabalho.
O nome “Liv’n” faz referência à palavra em inglês living, que significa “vivendo”. Seguindo essa concepção que o escritório busca realizar os sonhos dos clientes.
Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
Instagram: @livn.arq
Por Bianca Benfatti
Imagem: Guilherme Pucci
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